O vice-presidente da Zanini, explicou que ao pedir a eliminação total dos subsídios ainda existente, apenas esta sugerindo, “o fim de toda e qualquer ingerência do Estado na economia, porque ao invés de ajudar, ao longo do tempo esse tipo de proteção acaba prejudicando os próprios beneficiários, no caso os empresários nacionais”.

     Segundo ele, sua proposta de acabar com a Sudam e a Sudene, que a seu ver muito pouco contribuíram para solucionar os grandes problemas econômicos  das regiões a que visam beneficiar, também está dentro desse espírito “mas de forma alguma significa abandonar o Nordeste e a região amazônica a própria sorte.”

     Para Biagi, outros mecanismos, fora da área de incentivos, poderiam ser criados para um efetivo desenvolvimento daquelas e de outras regiões mais carentes do País.      Mas, no seu entender, “não se pode continuar concedendo benefícios fiscais aos empresários que queiram investir, porque está provado que do jeito que está nada se altera”.

     Luiz Biagi, cujo grupo tem empresas funcionando também no Nordeste, disse que, com isso, está apenas reafirmando suas antigas posições a respeito da economia de mercado e, mais ainda, “contribuindo para que a sociedade possa repensar o modelo econômico, de acordo com os propósitos contidos na própria filosofia da abertura democrática”.

     Considera ele que os sistemas de subsídios ainda existentes “só poderão ser totalmente eliminados se houver um programa de longo prazo, com etapas prevendo cortes completos nos mecanismos de incentivos”. E tem que acabar mesmo, porque hoje a maioria dos empresários está até comprometida junto ao público, que criou para eles a imagem do “picareta” que recebe tudo de mão beijada e nada dá em troca”.